O mercado automotivo de cada país ou região traduz um pouco do momento da economia daquele local. A pandemia de covid-19 afetou muitos mercados por causa da paralisação de vários setores da indústria, inclusive a automobilística, que agora dá sinais de melhora e recuperação, aos poucos, para retomar o ritmo de antes do coronavírus.
Os números da retomada
O mercado de automóveis novos no Brasil registrou um aumento no número de vendas em maio. Foram cerca de 8,4 mil unidades negociadas. A alta é de 10% no ritmo de vendas na comparação com abril de 2022 e de 20% sobre o mês de março, segundo dados do UOL Carros.
É um número bem forte, mas ainda é algo que precisa ser mais consolidado com o tempo. Se esses números vão se manter ou não. Dessa forma, o mercado automotivo vai voltando, mesmo que aos poucos, aos níveis pré-pandêmico.
Histórico
Por causa da falta de insumos, a chamada pela mídia de crise dos semicondutores, as montadoras estavam impossibilitadas de entregar carro novo para seus clientes. Isso fez com que o número de licenciamentos caísse cerca de 20% nos últimos quatro meses na comparação com igual período de 2021.
Há uma grande demanda por lançamento de carro 2022, o setor, que é tão amado pelos brasileiros, está sedento por demanda, assim como o público está ansiosamente esperando para voltar a trocar o carro, independemente das marcas de carro.
Alta do juros e demais empecilhos do mercado
O juros alto, em torno de 30%, e a crise dos semicondutores ainda são os dois maiores motivos pelo qual o mercado segue acelerando ainda não com toda a força que ele consegue.
Em levantamento que juntou a comercialização de veículos no primeiro semestre deste ano, no Brasil, os números são animadores. Foram quase 852 mil carros lançamento, entre automóveis e comerciais leves, emplacados em todo o território.
Setor de carros é o que movimenta a economia do Brasil
“Temos que manter olhar atento para a indústria de automotivo pois é ela que transforma o País, gera empregos e é capaz de fazer a mudança social”, diz Márcio de Lima Leite, presidente recém-empossado da Anfavea, a associação das fabricantes, que representa Fiat, Jeep, Renault, entre outras marcas, em entrevista ao UOL.
Lima Leite também falou de planos para solucionar a crise dos semicondutores. A ideia é criar em torno de 30 fábricas de insumos até o fim de 2023 para abastecer as fabricantes e normalizar o fluxo da cadeia produtiva e o setor voltar com o lançamento de carros.
É o chamado Plano Nacional de Semicondutores, uma associação de ministérios federais junto ao setor privado para alavancar o setor de automóveis no Brasil.